terça-feira, 26 de outubro de 2010

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL na sala de aula


Introdução
Os sentimentos mais fortes do homem são a tristeza, a alegria e a raiva. É fundamental saber lidar com eles. As pessoas que sabem controlar suas emoções são aquelas que obtêm mais sucesso na vida, em qualquer tipo de medição: conflito em turma, conflito com aluno, conflito entre profissionais…
Em relação à educação, Goleman, e autores influenciados por ele, fala da importância de “educar” as emoções e fazer com que os alunos também se tornem aptos a lidar com frustrações, negociar com outros, reconhecerem as próprias angústias e medos, etc.
Para que os alunos desenvolvam sua inteligência emocional, uma das premissas básicas é a necessidade de que o professor também desenvolva sua própria inteligência emocional, pois, pode-se dizer que aquilo que o professor ensina em sua prática docente está embebido por sua própria personalidade. Desse modo, a inteligência emocional do professor é uma das variáveis que melhor explica a criação de uma aula emocionalmente inteligente.
1.1 Os Níveis de Inteligência Emocional
Goleman apresenta os seguintes níveis de Inteligência Emocional:
  1. Auto- conhecimento emocional – Autoconsciência: conhecimento que o ser humano tem de si próprio, de seus sentimentos ou intuição. Esta competência é fundamental para que o homem tenha confiança em si (autoconfiança) e conheça seus pontos fortes e fracos;
  2. Controle emocional – Capacidade de gerenciar os sentimentos: é importante saber lidar com os sentimentos. A pessoa que sabe controlar seus próprios sentimentos se dá bem em qualquer lugar que esteja ou em qualquer ato que realize.
  3. Auto- motivação – Ter vontade de realizar, otimismo: Pôr as emoções a serviço de uma meta. A pessoa otimista consegue realizar tudo que planeja, pois tem consciência que todos os problemas são contornáveis e resolvíveis.
  4. Reconhecer emoções nos outros – Empatia: saber se colocar no lugar do outro. Perceber o outro. Captar o sentimento do outro. A calma é fundamental para que isso aconteça. Os problemas devem ser resolvidos através de conversas claras. As explosões devem ser evitadas para que não prejudique o relacionamento com os outros.
  5. Habilidade em relacionamentos inter-pessoais – Aptidão social: a capacidade que a pessoa deve ter para lidar com emoções do grupo. A arte dos relacionamentos deve-se, em grande parte a saber lidar com as emoções do outro. Saber trabalhar em equipe é fundamental no mundo atual.

1.2 Gerenciando a Inteligência Emocional em Sala de Aula

Segundo Goleman: “emoções são sentimentos a se expressarem em impulsos e numa vasta gama de intensidade, gerando idéias, condutas, ações e reações. Quando burilados, equilibrados e bem-conduzidos transformam-se em sentimentos elevados, sublimados, tornando-se, aí sim – virtudes.”
Um princípio básico para o desenvolvimento da inteligência emocional na sala de aula é o respeito mútuo pelos sentimentos dos outros, e para tanto é necessário que o professor saiba como se sente e seja capaz de comunicar abertamente suas sensações e sentimentos. O professor não deveria negar suas emoções negativas e sim, ser capaz de expressá-las de modo saudável na comunidade que constrói com seus alunos.
Ensinar os alunos a reconhecer suas emoções, saber categorizá-las e comunicá-las, fazendo-se entender, ajuda-os a serem os responsáveis por suas próprias necessidades emocionais.
Conhecer os alunos é um processo que se inicia desde os primeiros dias de aula. Quanto maior for esse conhecimento, maior será a eficácia da nossa ação pedagógica, pois podemos mobilizar interesses, curiosidades, conhecimentos prévios, aspectos das histórias de vida, articulando com os conhecimentos que integram o currículo a ser desenvolvido.
Também conhecê-los em seus aspectos sociais, cognitivos, afetivos e emocionais implica uma atitude de permanente investigação, avaliação contínua dos conhecimentos adquiridos, sondagem dos interesses delas e atenção as necessidades que elas expressam.
Perceber o que o aluno sente, sem que ele o diga, constitui a essência da empatia, uma das características fundamentais da inteligência emocional. Dificilmente os indivíduos, nos dizem em palavras aquilo que sentem, mas revelam seus sentimentos por seu tom de voz, pela expressão facial ou por outras maneiras não verbais.
A partir do momento em que o professor reconhece as emoções do aluno (medo, raiva, ciúme, alegria, tristeza, vergonha), cria uma enorme chance de aumentar a intimidade, transmitir experiência e compartilhar dificuldades.
O aluno passa a se sentir valorizado, legitimado em seus sentimentos (mesmo que negativos) e, conseqüentemente, fortalece sua auto-estima. Ele descobre novas estratégias para lidar com os conflitos, diminui a agressividade em suas relações com o outro, aprende a conviver de uma maneira confortável com os sentimentos negativos, enfim, ele transforma um sentimento que o assusta em algo que faz parte da vida, não censurando a si mesmo por seus sentimentos, mas sim, julgando a decisão do que fazer com estes mesmos sentimentos.
Conclusão
O professor deveria reservar tempo e espaço para iniciar os alunos em projetos de cooperação. A participação de professores e alunos em projetos comuns pode dar origem à aprendizagem de métodos de resolução de conflitos e construir uma referência para a vida futura, enriquecendo a relação professor – aluno.
A influência dessa teoria sobre a educação é altamente positiva, pois chama a atenção para o fato de que a educação em si, não deve preocupar-se apenas com a inteligência de cada aluno, mas também com o desenvolvimento de sua capacidade de se relacionar bem com os outros e consigo mesmo.

Referência Bibliográfica

GOLEMAN, Daniel - Inteligência emocional. Rio de Janeiro, Ed. Objetiva, 1996
Priscila Costa Felis Tominaga - Pedagoga
http://educacao.qprocura.com.br

Um comentário:

  1. Muito bom esse texto. Pois Nos ensina como lidar com nossos sentimenos e tc.. E Isso é muito Bom
    eu gostei muito...

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