A definição mais usada é a do Comitê de Abril de 1994, da International Dyslexia Association – IDA, que diz:
“Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem.É um distúrbio da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples.Mostra uma insuficiência no processo fonológico.Estas habilidades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação à idade.Apesar de submetida a instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem.A Dislexia é apresentada em várias formas de dificuldade com diferentes formas de linguagem, freqüentemente incluídos problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar”.
DESIGNAÇÕES MAIS COMUNS DADAS À DISLEXIA
*Cegueira Verbal Congênita (1896-Prince Morgan)
*Strephosymbolia (1920-Orton)
*Dislexia Genética (1950-Halgreen)
*Disfunção Cerebral Mínima (1965-Quirós e Della Cella)
*Dislexia Específica de Evolução (1975-Quirós)
*Distúrbios Psiconeurológicos (1983-Johnson e Myklebust)
Segundo Johnson e Myklebust, a Dislexia raramente é encontrada de forma isolada.As dificuldades severas para ler e escrever corretamente encontram-se associadas a outros distúrbios, tais como:
a)Distúrbios de Memória: dificuldades para recordar o que aconteceu num momento anterior, como o que aconteceu há vários dias (MEMÓRIA AUDITIVA E VISUAL).
b)Distúrbios de Memória para Seqüências: é indispensável que as letras ou os sons obedeçam a uma determinada seqüência espacial e temporal, para que se construam as palavras e as frases com sentido e significado.A criança disléxica tem dificuldade para recordar estas seqüências e, de lembrar séries (dias da semana, os meses do ano, etc.).
c)Orientação Esquerda-Direita: dificuldades na identificação do lado esquerdo e direito tanto em nível da própria criança como de outras pessoas e de objetos.
d)Orientação Temporal: incapacidade da criança se situar no tempo.As dificuldades para dizer horas, identificar os dias da semana, os meses ou usar conceitos temporais fazem com que a criança se sinta perdida quer nas atividades como no fluir do tempo.
e)Imagem Corporal: precária organização do desenho de uma figura humana.
f)Escrita e Soletração: a criança que não consegue fazer a transposição dos símbolos impressos (letras) para os respectivos estímulos sonoros (sons), tampouco será capaz de realizar a atividade inversa (escrita).Em relação à soletração, apresenta grandes dificuldades para realizar a análise-síntese de palavras ou frases o que, por si só, já dificulta o processo de ler e escrever.
g)Distúrbios Topográficos: dificuldade de “ler” e se situar em mapas, globos e gráficos.Dificuldade em calcular distâncias e usar material geográfico.
h)Distúrbios no Padrão Motor: dificuldades em correr, saltar, manter o equilíbrio apoiado num pé só.
CLASSIFICAÇÕES DA DISLEXIA
Johnson e Myklebust diferenciam dois tipos de Dislexia:
1.Dislexia Auditiva: dificuldade em distinguir semelhanças e diferenças entre sons acusticamente próximos; em perceber sons no meio de palavras; em análise e síntese, memória e seqüências auditivas.Essas crianças apresentam acuidade auditiva normal mas, não conseguem discriminar e relacionar os sons que constituem as palavras.Cada palavra visualizada dificilmente é decodificada pois os sons que representam as letras não são recordados.
2.Dislexia Visual: dificuldade em diferenciar, interpretar e recordar palavras visualmente.Dificuldades em memória e análise-síntese visual, em discriminação visual de detalhes, em perceber rapidamente palavras escritas, em respeitar as seqüências viso-espaciais, etc.
Boder classifica a Dislexia em 3 grupos diferentes:
1.Dislexia Disfonética = Dislexia Auditiva
2.Dislexia Diseidética = Dislexia Visual
3.Dislexia Mista = combinação das duas anteriores
Nieto baseia-se a sua classificação nos diferentes níveis do processo de ler e de escrever e, tem como vantagem localizar a etapa da leitura e da escrita que deve ser reforçada.
1.Nível do Processo Mecânico
2.Nível do Processo de Integração
3.Desintegração Total Fonêmica-Gráfica (alexia e agrafia)
CONCLUSÃO
A Dislexia não é uma doença portanto não podemos falar em cura.Ela é congênita e hereditária e seus sintomas podem ser identificados logo na pré-escola.Os sintomas ainda podem ser aliviados, contornados, com acompanhamento adequado, direcionado às condições de cada caso.Não podemos considerar como “comprometimento” sua origem constitucional (neurológica) mas sim, uma diferença que é mais notada em relação à dominância cerebral.Há dados que mostram diferenças entre os hemisférios e alteração do lado direito do cérebro.Isso implica, entre outras coisas, uma dominância de lateralidade invertida ou indefinida.Mas também justifica o desenvolvimento maior da intuição, da criatividade, da aptidão para as artes, do raciocínio mais holístico, de serem mais subjetivos e todas as outras qualidades características do hemisfério direito.Em hipótese alguma o disléxico tem comprometimento intelectual.Tal comprometimento identificaria outro quadro como limítrofe ou deficiência.Também não pode haver alterações/prejuízos neurológicos nas áreas responsáveis pela aquisição da linguagem, estas alterações também identificariam outro quadro como afasia ou síndromes diversas.Quanto ao emocional, é preciso avaliar muito bem.Pode haver um comprometimento emocional como conseqüência das dificuldades da Dislexia mas nunca como causa.
http://educacao.qprocura.com.br
“Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem.É um distúrbio da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples.Mostra uma insuficiência no processo fonológico.Estas habilidades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação à idade.Apesar de submetida a instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem.A Dislexia é apresentada em várias formas de dificuldade com diferentes formas de linguagem, freqüentemente incluídos problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar”.
DESIGNAÇÕES MAIS COMUNS DADAS À DISLEXIA
*Cegueira Verbal Congênita (1896-Prince Morgan)
*Strephosymbolia (1920-Orton)
*Dislexia Genética (1950-Halgreen)
*Disfunção Cerebral Mínima (1965-Quirós e Della Cella)
*Dislexia Específica de Evolução (1975-Quirós)
*Distúrbios Psiconeurológicos (1983-Johnson e Myklebust)
Segundo Johnson e Myklebust, a Dislexia raramente é encontrada de forma isolada.As dificuldades severas para ler e escrever corretamente encontram-se associadas a outros distúrbios, tais como:
a)Distúrbios de Memória: dificuldades para recordar o que aconteceu num momento anterior, como o que aconteceu há vários dias (MEMÓRIA AUDITIVA E VISUAL).
b)Distúrbios de Memória para Seqüências: é indispensável que as letras ou os sons obedeçam a uma determinada seqüência espacial e temporal, para que se construam as palavras e as frases com sentido e significado.A criança disléxica tem dificuldade para recordar estas seqüências e, de lembrar séries (dias da semana, os meses do ano, etc.).
c)Orientação Esquerda-Direita: dificuldades na identificação do lado esquerdo e direito tanto em nível da própria criança como de outras pessoas e de objetos.
d)Orientação Temporal: incapacidade da criança se situar no tempo.As dificuldades para dizer horas, identificar os dias da semana, os meses ou usar conceitos temporais fazem com que a criança se sinta perdida quer nas atividades como no fluir do tempo.
e)Imagem Corporal: precária organização do desenho de uma figura humana.
f)Escrita e Soletração: a criança que não consegue fazer a transposição dos símbolos impressos (letras) para os respectivos estímulos sonoros (sons), tampouco será capaz de realizar a atividade inversa (escrita).Em relação à soletração, apresenta grandes dificuldades para realizar a análise-síntese de palavras ou frases o que, por si só, já dificulta o processo de ler e escrever.
g)Distúrbios Topográficos: dificuldade de “ler” e se situar em mapas, globos e gráficos.Dificuldade em calcular distâncias e usar material geográfico.
h)Distúrbios no Padrão Motor: dificuldades em correr, saltar, manter o equilíbrio apoiado num pé só.
CLASSIFICAÇÕES DA DISLEXIA
Johnson e Myklebust diferenciam dois tipos de Dislexia:
1.Dislexia Auditiva: dificuldade em distinguir semelhanças e diferenças entre sons acusticamente próximos; em perceber sons no meio de palavras; em análise e síntese, memória e seqüências auditivas.Essas crianças apresentam acuidade auditiva normal mas, não conseguem discriminar e relacionar os sons que constituem as palavras.Cada palavra visualizada dificilmente é decodificada pois os sons que representam as letras não são recordados.
2.Dislexia Visual: dificuldade em diferenciar, interpretar e recordar palavras visualmente.Dificuldades em memória e análise-síntese visual, em discriminação visual de detalhes, em perceber rapidamente palavras escritas, em respeitar as seqüências viso-espaciais, etc.
Boder classifica a Dislexia em 3 grupos diferentes:
1.Dislexia Disfonética = Dislexia Auditiva
2.Dislexia Diseidética = Dislexia Visual
3.Dislexia Mista = combinação das duas anteriores
Nieto baseia-se a sua classificação nos diferentes níveis do processo de ler e de escrever e, tem como vantagem localizar a etapa da leitura e da escrita que deve ser reforçada.
1.Nível do Processo Mecânico
2.Nível do Processo de Integração
3.Desintegração Total Fonêmica-Gráfica (alexia e agrafia)
CONCLUSÃO
A Dislexia não é uma doença portanto não podemos falar em cura.Ela é congênita e hereditária e seus sintomas podem ser identificados logo na pré-escola.Os sintomas ainda podem ser aliviados, contornados, com acompanhamento adequado, direcionado às condições de cada caso.Não podemos considerar como “comprometimento” sua origem constitucional (neurológica) mas sim, uma diferença que é mais notada em relação à dominância cerebral.Há dados que mostram diferenças entre os hemisférios e alteração do lado direito do cérebro.Isso implica, entre outras coisas, uma dominância de lateralidade invertida ou indefinida.Mas também justifica o desenvolvimento maior da intuição, da criatividade, da aptidão para as artes, do raciocínio mais holístico, de serem mais subjetivos e todas as outras qualidades características do hemisfério direito.Em hipótese alguma o disléxico tem comprometimento intelectual.Tal comprometimento identificaria outro quadro como limítrofe ou deficiência.Também não pode haver alterações/prejuízos neurológicos nas áreas responsáveis pela aquisição da linguagem, estas alterações também identificariam outro quadro como afasia ou síndromes diversas.Quanto ao emocional, é preciso avaliar muito bem.Pode haver um comprometimento emocional como conseqüência das dificuldades da Dislexia mas nunca como causa.
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